domingo, 14 de março de 2010

Trigésimo dia – Guarda do Embaú – São Paulo – 750km

Acordamos as 6:30hs e fomos tomar o café da manhã reforçado preparado pela Márcia, tínhamos dito que não queríamos incomodá-la logo cedo, mas ela disse que não deixaria a gente sair pra estrada sem um bom café da manhã. Conforme o Adriano já escreveu sobre o Junior e a Márcia eles são muito gente fina, conforme eu disse pro Junior na saída .... a pousada dele só tem um problema, é muito longe da minha casa, caso contrário bateriamos cartão lá.
Saimos com o dia nublado e com muito vento, como essa viagem foi marcada por ele no ultimo dia ele não poderia deixar de participar assim como a quinta passageira .... a CHUVA que próximo de Navegantes apareceu, tomamos chuva por mais de 600km as vezes forte as vezes moderada porém constante, acho que dos 30 dias de viagem pegamos chuva na estrada pelo menos uns 20 dias, mas em nenhum dia de passeio teve chuva, então não temos do que reclamar. Essa chuva foi bem molhada pro Adriano e pra Marissa, que perderam na quinta feira suas capas de chuva que estavam amarradas em cima da do baú traseiro e ficou pela estrada.
Desta vez não encaramos a serra da Regis e decidimos subir pelo litoral sul, paramos para a ultima abastecida em Itanhaém e lá nos despedimos estávamos a menos de 100km de casa. Logo após deixarmos o posto na altura de Monguagá, o transito parou completamente na Pedro Taxi e assim seguiu até o planalto próximo a VW, andar com as malas laterais por todo esse percurso em corredor, cansados e debaixo de muita chuva foi cansativo, pro Gran Finaly finalmente descobri o que era aquele óleo que vazou lá na Aduana próximo ao Ushuaia ... era óleo da embreagem que veio vazando em virtude de algum problema com a guarnição do cilindro da embreagem e fez com que eu ficasse praticamente sem embreagem a noite, na estrada congestionada e debaixo de muita chuva, felizmente conseguimos chegar em casa trocando as marchas com bastante dificuldade.
Chegamos as 20hs apos 13.500km estavamos molhados, realizados, felizes, gratos e acabados. Após um banho fomos a casa dos meus pais onde amigos e parentes estavam nos aguardando para um belo jantar de boas vindas oferecido por nossos pais Zeca e Selminha.
A viagem foi incrível, com certeza ela não se apagará da nossa cabeça, acumulamos histórias para contar aos filhos e netos que um dia virão.
Gostaria de agradecer a todos que tiveram a paciência de nos acompanhar através deste blog, as mensagens enviadas nos deram bastante força e nos deixava felizes de poder estar compartilhando com os amigos estes momentos.
Até o próximo projeto .... Matchu Pitchu em 2011 passando por Atacama, Bolívia e Peru.
Abraços,
Leandro, Patrícia, Adriano e Marissa.

sábado, 13 de março de 2010

Vigésimo Nono dia - Praia da Pinheira/ Guarda do Embau

Acordamos já eram quase 10:00hs da manhã, tomamos o café da manhã na pousada e fomos comprar as coisas para o almoço, ontem tínhamos comentado com a Marcia que estavamos quase 30 dias sem comer feijão e ela disse que iria fazer um feijão com costela e bacon!!! hummm.vocês não tem idéia do quanto estava gostoso esse feijão. O Junior tinha acordado cedo e comprado file de peixe fresco dos pescadores que chegaram da pescaria. Resumindo...comemos muito...mas muito mesmo...e fomos dormir nas redes..... Lá para as 17:00hs acordamos e fomos fazer uma trilha na praia da Guarda do Embau, o diferencial dessa praia é que para você chegar nela tem que atravessar um rio de barquinho. Muito bonita a praia. Voltamos pra pousada , comemos mais um pouquinho e fomos dormir. É estranho pois quando comíamos dava sono e quando acordávamos dava fome, entramos em loop. É a segunda vez que fico aqui na pousada Sol de Verão, ela fica em uma posição estratégica entre Porto Alegre e São Paulo e o tratamento da Marcia e do Junior é espetacular, eles fazem nos sentirmos em casa, você esquece que esta em uma pousada facilmente. Não podemos deixar de falar do João Vitor (filho do casal) que é uma criança muito especial e inteligente, ele nos disse que quer ser professor porque gosta de letras e números. Marcia, Junior e João Vitor, muito obrigado por esses momentos que passamos juntos e principalmente por aquele feijão!!! hummmmm...rsrsrs

Vamos deixar o site da pousada com indicação: http://www.praiadapinheira.com/residencial_sol_de_verao.htm

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vigésimo oitavo dia – Guaiba – Guarda do Embaú – 470km


Após dormimos muito bem na aconchegante casa dos pais do Deonir, a Dona Odete nos ofereceu um farto café da manhã.
Seguindo a indicação do Deonir fomos a Guaíba Jet Motos para trocar o óleo das motos, lá fomos muito bem atendidos pela competente equipe do Edilmar composta por Weslley, Welington e o Oscar. Fica aqui registrada a dica, quando precisarem de algum apoio técnico e estiverem na região visite esse pessoal (Rua Vinte de Setembro, nº 11 – Guaíba – RS Telefone (51) 3401.2020).
Voltamos na casa do Deonir buscar as malas, as meninas e nos despedimos da família dele, que esperamos em breve recebe-los em SP para poder retribuir toda a hospitalidade oferecida. Mais uma vez muito obrigado.
Saimos por volta das 12hs e fomos até a Guarda do Embau pela BR-101 que está eternamente em duplicação. Após a divisa entre RS / SC os trechos duplicados aumentam consideravelmente, o pessoal na estrada nos disse que o melhor a fazer vindo de Porto Alegre e pegar a estrada do Mar que já nos direcionaria para próximo da divisa na BR-101. No caminho próximo de Garopaba havia um acidente fatal com um motociclista, essa cena mexe bastante com a gente e faz com que redobremos a atenção e ousadia na ultrapassagens.
Chegamos na Guarda do Embaú, a 40km de Florianópolis, as 18hs e nos hospedamos na pousada Sol de Verão que fica a beira mar na praia da Pinheira. Fechamos o dia com um refrescante banho de mar e saimos da água já a noite.
Amanhã iremos ficar por aqui para curtir essa bela pousada e descasarmos um pouco mais, pois estamos a 7 dias viajando sem parar.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vigésimo setimo dia - Chui - Guaiba- 500Km

Acordamos e fomos logo fazer as tradicionais compras no Chuy. A idéia era voltar e tomarmos o rumo de Guaíba até as 11:00hs, mas isso só foi possível as 13:30hs. Antes de fazer a viagem anterior de RF, pesquisei por pessoas que já haviam saído do Brasil com uma RF para saber como ela se comportava com a gasolina...etc.., e acabei achando o Deonir que havia feito uma viagem até Buenos Aires (se não me engano) com a RF dele e desde então mantivemos contato por orkut e MSN e trocamos muitas idéias sobre viagens de motos, acessórios, adaptações...etc...etc.., mas até então não o conhecia pessoalmente e tão pouco falado por telefone com ele. Quando decidimos passar por Porto Alegre na volta mandei um recado para o Deonir pedindo para ele nos indicar um hotel na cidade de Guaíba (cidade onde ele mora) e combinarmos de jantarmos todos juntos em algum restaurante para bater papo, mas ele respondeu o recado dizendo que já tinha arrumado dois quartos na cada de seus pais e nos passou o endereço para que fossemos dormir lá. Ficamos muito honrados com o convite. Chegamos por volta das 19:00hs e fomos muito bem recepcionados pelo Deonir, a Roberta (sua noiva), o senhor Leonardo (seu pai) e a senhora Odete (sua mãe), em poucos minutos de conversa já nos sentíamos em casa conversando com amigos de longa data... O Deonir nos levou para conhecer os pontos turísticos de Guaíba e na volta nos ofereceu um delicioso churrasco gaúcho preparado pelo senhor Leonardo com um arroz (brasileiro) também delicioso preparado pela dona Odete. (foi o primeiro arroz com tempeiro que comemos nos últimos 27 dias). Ficamos até 02:00hs da manhã batendo papo, vendo fotos das viagens deles e vice versa. Que família agradável !!!
Obrigado Deonir, Roberta , Leonardo e Odete pela hospitalidade, pelo churrasco e pelos bons papos e risadas. Estamos aguardado todos vocês em São Paulo!!!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Vigésimo sexto dia – Buenos Aires – Chuí BRASIL – 600km

                                                                                                                                                                              Hoje pegamos o Buque Bus, meio de transporte já conhecido por nos na outra viagem, e mais uma vez só tinha passagem na primeira classe. A travessia entre Buenos Aires e Colônia do Sacramento durou 1hr e ocorreu sobre muito chuva, desembarcamos com uma leve garoa que logo se transformou numa chuva pesada, paramos para colocar as capas e após uns 100km o sol voltou a brilhar e chegamos a Montevidéu com muito sol, desta vez viemos respeitando os limites de velocidade e raramente passamos dos 120km/h com isso o consumo das motos foi fantástico a Fazer fez mais de 22km/l e a V-Strom 19km/h, isso mesmo nem eu acreditei. Passamos por Punta Del Este que com o sol que fazia deixava a cidade muito bonita, desta vez saimos com impressão muito melhor da cidade do que a outra vez. Por volta de 19hs chegamos aqui no Chuí. O dia terminou com um belo banho de piscina primeiro na piscina natural e depois na climatizada aqui do Hotel Bertelli. Amanhã iremos fazer algumas compras na zona Franca aqui do Chuy e seguimos pra Guaíba nos encontrar com nosso amigo Deonir que só conhecemos virtualmente.


terça-feira, 9 de março de 2010

Vigésimo quinto dia – Coronel Pringles – Buenos Aires – 550km

Saímos pouco antes das 9hs pois o Adriano queria chegar em Buenos Aires para comprar uma bolha maior para sua Fazer. Seguimos pela Ruta 51 e depois caímos novamente a Ruta 3, na altura de Canuelas haviam 3 opções para seguirmos ao Buneos Aires, tentamos a Auto Pista mas quando chegamos nela a mesma estava fechada, seguimos então pela Ruta 3 que inicia em Buenos Aires ...... NUNCA FAÇAM ESSE CAMINHO .... faltando cerca de 60km para chegar em Buenos Aires começam uma serie de faróis que começam a encher o saco, faltando 40Km você vai chegando no inferno, a quantidade de carros começam a aumentar os faróis são sincronizados de modo que vc pare em todos e espere sempre o maior tempo possível pois ao sair de um o outro fecha na sua chegada, e nos últimos 20km você vai abraçado com o capeta pois além de todo o cenário descrito anteriormente você começa a andar com gente a pé, cachorro, bicicleta, coletivos e o pior ARGENTINOS PORTENHOS sem a menor educação no trânsito o calor era infernal com as motos fervendo e super pesadas... Pra vocês terem uma noção o lugar é uma mistura de Largo 13 e São Matheus. Ligamos o GPS que conseguiu nos tirar dali e nos direcionar por uma Auto Pista que passa perto. Fomos ao Buque Bus que fica próximo ao Hotel e já compramos as passagens para manhã com destino a Colônia do Sacramento no Uruguay. O Brasil está próximo agora, amanhã já devemos dormir lá.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vigésimo quarto dia – Puerto Madry – Coronel Pringles – 1050km

Saímos por volta de 8:30hs a uma temperatura agradável e um leve sol, após rodarmos 200km o tempo mudou completamente e começou uma forte chuva e em seguida fortes ventos com chuva começaram a soprar, para se ter uma idéia era complicado ultrapassar os caminhões pois o spray de água que eles levantavam tirava toda nossa visibilidade da pista contraria. Seguimos debaixo de chuva nesse dia por cerca de 600km, mas depois que o vento passou o caminho foi de boa.
Mais uma tocada acima dos 1.000km de onde retiramos força pela vontade de voltar, chegamos por volta das 19:30hs em uma cidade chamada Coronel Pringles, uma cidade simpática onde pernoitamos em um bom hotel e jantamos uma boa comida.
Gostaria de abrir um parênteses sobre as motos, as mesmas estão se comportando muito bem somos só elogios para as meninas. A Fazer depois que trocou as chuteiras não teve mais problemas com furos e a V-Strom descobrimos na troca de óleo que aquele óleo que vazou na Aduana Chilena, quando estávamos enchendo o pneu do Adriano, não era óleo do motor e sim excesso do óleo da corrente que vaza pelo pinhão e quando esquentou escorreu, fiquei muito feliz!

domingo, 7 de março de 2010

Vigésimo terceiro dia - Comodoro Rivadavia - Puerto Madryn - 441Km

Como nos cansamos muito nos 1.000km ontem, decidimos sair mais tarde de Comodoro e andar apenas esses 441km até Puerto Madryn. Mais uma vez tomamos chuva, alias a chuva tem sido passageira nessa viagem. Chuva passageira é aquela que senta na garupa da moto e vira passageira por toda a viagem?
Mas sinceramente a chuva não nos incomoda, nos preparamos psicologicamente para tudo isso, chuva, vento, frio, calor, ripio, pneu furado, cansaço e pra muitas outras coisas. Chegamos em Puerto Madryn , pegamos um hotel beira mar, descarregamos as motos e fomos andar pelas ruas dessa charmosa cidade. Descobrimos que tem uma passeio que se pode mergulhar juntos com os lobos marinhos.
Vamos ter que voltar pra fazer isso. Quantas vezes já disse em voltar?
Vamos descansar pois amanhã pretendemos chegar o mais perto de Buenos Aires possivel

sábado, 6 de março de 2010

Vigésimo segundo dia - El Calafate - Comodoro Rivadavia - 1022km

Hoje é o dia que marca o inicio de nosso retorno, na verdade a nossa idéia inicial era de não existir esse sentimento de retorno pois iríamos ter paradas por pontos turísticos do Chile, da Argentina e do Brasil até retornar a São Paulo, mas devido aos terremotos estamos retornando. Como deixamos de conhecer Pucon por causa do terremoto e não vimos baleias em Puerto Madyn por causa da época temos dois bons motivos para retornar. Isso é muito bom. Saindo de El Calafate nos informamos sobre a necessidade de ir até Rio Gallegos para abastecer antes de pegar a ruta 3 sentido Comodoro e fomos informado que a distancia sem postos de gasolina sem passar por Rio Gallegos era de 320km . Decidimos então levar um galão de combustível de 5 litros para evitarmos termos que andar os 60km a mais até Rio Gallegos. Deu tudo certo. Chegamos em Comodoro Rivadavia por volta das 20:00hs depois de 1022km percorridos.
Descansaremos pois amanhã tem mais estrada

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vigésimo primeiro dia – El Calafate – El Chalten – 460km


Fomos conhecer o famoso Fitz Roy que fica a cerca de 230Km de El Calafate, confesso que depois de tudo que já vimos nessa viagem estávamos indo para El Chalten sem esperar muito do parque, afinal tínhamos ido as Torres Del Pine que é o mesmo estilo desse parque, mas valeria a pena pela volta de moto. Antes que alguém diga alguma coisa sobre sentir prazer em andar de moto em uma viagem de 12.500km ....., acho que somos meio locos, pois curtimos a ida e a volta como se fizesse tempo que não andávamos de moto, talvez pela moto leve sem as malas laterais, pela ausência de vento ou pela estrada linda e sinuosa que contornava um rio que a cor da água era indescritível em conjunto com um cenário típico de deserto .... sei-lá ..... No fim a sensação de todos foi que o passeio foi um tesão. No caminho dois senhores de moto que estavam no acostamento fizeram sinal para pararmos, paramos e fomos conversar com eles dois alemães que alugaram duas motos em Osorno no Chile e estavam fazendo essa parte sul da Argentina. Por sorte um deles viveu no Chile por 20 anos e ablava bem o Espanhol, eles tinham um pneu furado e embora tivessem todas as ferramentas para trocar a câmera reserva que levam consigo, não tinham nada para encher o pneu. Como tínhamos o compressor que ligamos na bateria podíamos ajuda-los, pela foto veja o trampo que dá um pneu com câmera, salve o pneu sem câmera !!!!! Eles ficaram muito gratos com a ajuda .... esperamos ter a mesma solidariedade na Europa pois em conversa com eles ficamos muito empolgados em fazer uma viagem de moto por lá. Voltando ao Fitz Roy prosseguimos vigem e a cadeia de montanhas de El Chalten surgiu a nossa frente, elas são impressionantes, em cima dessas montanhas é possível se avistar altas geleiras assim como aos pés das montanhas onde outros Glacias são formados, tudo muito bonito e na chegada da cidade um Condor enorme nos acompanhou, sua envergadura era impressionante. Infelizmente as caminhadas dentro do parque eram de várias horas e como não tínhamos tempo, nos contentamos com a visão da cidade e fomos a uma cachoeira que pudermos ir de moto por uma pequena estrada de ripio.Essa cidade merece uma visita de alguns dias, como temos encontrado com alguns brasileiros que estão chegando via Carreteira Austral e dizem que o caminho é muito bonito estamos empolgados para andarmos nessa estrada em uma próxima oportunidade.

















quinta-feira, 4 de março de 2010

Vigésimo dia - El Calafate ( glacial Perito Moreno)

Saímos cedo do hotel pois a caminhada sobre o glacial Perito Moreno estava marcada para as 10:00hs, e fica afastado 80km da cidade de El Calafate. Caminhamos sobre o gelo e a cada minuto aparecia uma imagem diferente, é tudo muito impressionante, as lagoas e as fendas que se formam no meio do glacial pelo desgelo, a altura e a consistência diferente a cada metro de gelo... Levamos uma canequinha para tomar água das lagunas formadas no meio do gelo e no final do passeio brindamos o mesmo com wisky com gelo glacial. Após a caminhada fomos para as passarelas para avistar o glacial por uma outra face O mirante fica a cerca de 200 metros do glacial que como dito antes tem aproximadamente 70 metros de altura e esta em constante movimento, ele avança 2 metros por dia e nesse ultimo ponto ocorre o desgelo. O mesmo provoca um barulho intermitente muito alto, muito parecido com um trovão, blocos imensos de gelo se racha e cai no lago provocando um som muito forte também. Já tínhamos ouvido tudo isso sobre os glaciais e mesmo assim nos surpreendeu demais! A Marissa teve a felicidade de tirar uma seqüência de foto dessa queda. Mais uma vez nem eu e nem as fotos vão conseguir expressar a grandiosidade e a emoção que sentimos nesse passeio de hoje. A noite seguimos a indicação de restaurante da Patrica e do Cezar (casal simpático da BMW) que já finalizaram a viagem deles e agora estão nos acompanhando no Blog. O restaurante chama Tablita e o prato é cordeiro, já havíamos comido o cordeiro no Ushuaia e tínhamos achado “sem graça”, mas o cordeiro do Tablita mudou completamente essa impressão, achamos maravilhoso. Fica a dica deles registrada aqui. Vamos descansar pois amanhã tem mais passeio

quarta-feira, 3 de março de 2010

Décimo nono dia - Rio Gallegos - El Calafate - 310Km

Saímos de Rio Gallegos por volta das 09:00hs com a intenção de ir até El Calafate e ainda fazer o passeio do glacial de Perito Moreno hoje. A idéia era fazer em “2 pernas” , sairíamos de Rio Gallegos e pararíamos em La Esperanza (150km) para abastecer e depois andaríamos mais 160km até El Calafate, mas quando fomos abastecer as motos em La Esperanza fomos informado que não havia combustível e que só chegaria amanhã. Tínhamos 2 opções, uma era andar 80Km em sentido oposto ao nosso destino para um vilarejo onde havia um posto de gasolina, mas que tb não era garantido ter gasolina lá, outra opção era andar os 160km restante com a gasolina que tínhamos no tanque, missão quase impossível pois o Dodge 6 canecos, ou melhor, a V-Strom estava fazendo medias de 13km/l com vento, o que daria uma autonomia de 286Km e ficaríamos parados faltando 24km para chegar em El Calafate. O que decidimos? Ir para El Calafate a 80km/h para economizar combustível. Deu certo, chegamos com 1 litro de sobra.
A cidade aqui é muito bonita e aconchegante, deixamos as malas no hotel e fomos pesquisar sobre os passeios, decidimos fazer o mini traking amanhã (mirante de glaciais, navegação a beira dos glaciais e andar sobre o glacial Perito Moreno).
Aproveitamos a tarde para andar pela cidade e comprar algumas coisas nas lojinhas.
No final da tarde tivemos um tempinho livre e o Leandro e eu decidimos fazer algo diferente, andar de moto, fomos até um mirante que havíamos passado a 70km antes de chegar na cidade de El Calafate e não havíamos parado pois estávamos apreensivos com o combustível.
O Leandro foi de FZ6 e eu de V-Strom, as impressões sobre a troca foram as seguintes:
Leandro achou a FZ6 muito “esperta”, e não sentiu diferença de cilindrada da moto dele.
Eu achei a V-Strom confortável e embora seja muito pesada quando se esta pilotando ela fica de fácil manuseio e boa de curva.
No final eu não via a hora de voltar para a minha espertinha e o Leandro não via a hora de voltar para a poltrona do vovô. Vai do estilo de cada um!!!
Bom...vamos descansar pois amanhã o dia promete!!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Décimo oitavo dia – Puerto Natales – Rio Gallegos 300km


Acordamos sem pressa, afinal teríamos apenas 300km até El Calafate que pelo que haviam nos informado seriam todo em asfalto. Saímos do hotel após o boludon do hotel ter nos cobrado U$ 12,00 a mais na nossa diária como custo das ligações que a recepcionista vez para locadoras quando estávamos atrás de carro para ir ao Parque, em todos os hotéis que havíamos pedido alguma informação e que eles ligavam para os lugares nunca nos cobraram por isso. Achamos melhor deixar isso pra lá e seguir nosso rumo. Fomos até a Aduana Chilena por uma caminho sinuoso e muito bonito, chegando a Aduna Chilena vimos que a continuação da estrada seria em ripio, lá se foram 12km em ripio entre a fronteira chilena e argentina, esse trajeto foi suficiente para furar pela 6 vezes o pneu do Adriano, isso mesmo 6 vez não percam as contas pois vem mais por aí. Já estamos ficando PHD em conserto de pneu, após uma olhada rápida no pneu vimos que ele não tinha mais a menor condição de uso, o meio do pneu estava todo no arame, decidimos então seguir até Rio Gallegos que é uma cidade um pouco maior e que poderíamos conseguir um pneu para a moto dele, então desviamos nosso caminho em 140km que terão de ser percorridos amanhã novamente em direção a El Calafate. Faltando 20km para chegar a Rio Gallegos existe um pedaço da estrada que está em manutenção e o fluxo está sendo desviado em um trecho de 5km por ripio, ganha um tarugo quem adivinhar o que aconteceu com a peneira do Adriano, ..... sim furou pela 7 vezes .... só que dessa vez o pneu rasgou sem chance para nenhum tarugo. Sugeri em voz alta que parássemos uma caminhonete na estrada para jogarmos a moto em cima e seguirmos até a cidade, mau terminei de falar a Marissa já parou uma pick-up que pro nosso azar estava carregada, paramos uma outra e essa sim estava vazia, era uma Hilux cabine dupla, contamos nossa história triste pro cara e ele olhando as duas motos perguntou. “Qual das duas motos está pichada?” quando falamos que era a Fazer ele disse que tudo bem, nesse momento senti que se fosse a minha a zuada eu tava na roça .... ia ser difícil achar alguém disposto a jogar uma V-Strom de 240kg pra cima de uma caçamba ainda mais na altura da Hilux. Carregamos a moto e por sorte o cara da caminhonete andava de moto e tinha uma Fazer 1000, ele nos levou direto para a concessionária Yamaha da cidade onde o pneu pode ser trocado por $ 1600 pesos (R$ 800) ... é o preço do copo d´agua no deserto. Aproveitamos para cambiar o azeite das motos e amanhã vamos em direção a El Calafate.
Ps. Acabei de postar abaixo o dia Torres Del Pine, vale a pena conferir as fotos. Outra coisa ... faz um tempo que não recebemos mais nenhum comentário, ainda tem alguém acompanhando esse blog, rs.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Décimo sétimo dia – Torres Del Pine

Desse dia não temos muito o que falar, as imagens falam por si só. O lugar é muito bonito, nele podemos ver Galiares, Imensos Gelos boiando, Montanhas muito imponentes, Cachoeiras, vários tipos de aves e mais guanacos. O dia amanheceu muito bom mas foi fechando durante a tarde, mas acreditem se quiser disseram que demos muita sorte, pois muitas vezes não se vê nada. Fizemos o passeio padrão onde entramos por Puerto Natales e demos a volta pelas torres saindo por Cerro Castilho, no total rodamos 360km sendo a maior parte em ripio.
Porem existem diversas caminhadas mas para faze-las seriam necessários alguns dias, para se ter uma idéia a caminhada maior que dá a volta nas torres dura 8dias.Dentro do parque existem diversas opções de hospedagem mas os preços são bem salgados, conversamos com um casal do RJ que estava de carro e ficou hospedado no parque por 5 dias, eles disseram que um dia a noite avistaram um Puma rodeando a pousada, disseram que o bicho era muito bonito. Um dia voltamos com mais plata no bolso e quem sabe podemos ter essa sorte que eles tiveram. Enfim o lugar é magico, vejam as fotos que vocês vão entender....

























































domingo, 28 de fevereiro de 2010

Décimo sexto dia – Puerto Natales




Acordamos cedo pensando em ir de moto ao Parque Torres Del Pine, que fica a cerca de 110km daqui, o caminho é composto de 50km de asfalto, 60km de ripio e mais cerca de 100km por dentro do parque também todo em ripio. Mas o vento sacudia com força a janela do quarto e decidimos não nos arriscar mais pelo vento, ainda mais com tantos km de ripio. Tentamos alugar um carro para fazer o passeio mas não encontramos nenhum disponível com o passar das horas e a insistência do vento, decidimos que ficaremos por aqui mais um dia e amanhã faremos o passeio ao Parque. Também vamos aproveitar esse dia para replanejar nosso roteiro uma vez que passar por Santiago não será possível devido ao terremoto que ocorreu por lá, ficamos um dia a mais no Ushuaia e ficamos parados 2 dias por causa dos ventos. A idéia é ir até Bariloche e depois ao invés de subir pelo Chile subiremos em direção a Buenos Aires e depois a Foz do Iguaçu, assim deixaremos de fora Puerto Mont, Osorno, Pucon e Mendoza. De todos esse lugares o lugar que não conhecemos é Pucon, paciência ficará para uma próxima. Desde do inicio sabíamos que a natureza poderia causar algumas alterações no nosso roteiro, porém estamos felizes por termos já conseguido alcançar o objetivo principal da viagem o Fim do Mundo. Abaixo segue a atualização dos 3 dias anteriores que foram de forte emoções.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Decimo quinto dia - San Sebastian - Puerto Natales - 600km

Pi Pi Pi Pi Pi !!! Pi Pi Pi Pi Pi!!! Que horas são? 5 horas da manhã . Fizemos silencio para ouvir se o hotel ainda estava tremendo com o vento e não escutamos nada, então ele deve ter parado e é hora de partir. 5:30hs ainda escuro e um frio de 2 graus já estávamos com as malas na moto e fomos para a Aduana que ficava a 50 metros do hotel. Tramites feito, vamos encarar os 14km de ripio até a Aduana Chilena. Nesses 14 km senti a minha moto muito instável e com a traseira dançando, chegando lá desci da moto e olhei para o pneu e ele estava furado novamente, tiramos as malas da moto e pegamos o kit pneu furado que consiste em um compressor que é ligado na bateria e o tarugo para enfiar no pneu. Tirei o banco da fazer para ligar o compressor na bateria da moto e cadê a bateria? Não achei..ela deve estar em algum lugar que vou ver no manual quando chegar em casa, dessa vez vamos usar a bateria da V-Strom, colocamos ela do lado da Fazer, ligamos o compressor, aceleramos a moto para não descarregar a bateria e o pneu começou a encher para localizarmos o furo, enquanto isso olhei para o chão e vi uma mancha de óleo embaixo da moto do Leandro e perguntei para ele se era da moto dele e era, está vazando de algum retentor, não deve ser nada grave... Colocamos o tarugo no pneu, passamos uma cola que o nosso companheiro Chileno Cláudio tinha e vamos encarar os 126km restante de ripio (estrada de terra com pedras de rio em cima). Ao entrarmos na aduana para fazer os tramites vimos na TV a noticia sobre o terremoto e percebemos que precisaríamos entrar em contato o mais rápido possível com os familiares para não gerar preocupação, mas isso não é tão fácil como parece. O dia já esta claro o que nos ajudou bastante no ripio que estava mais seco e mais perigoso do que na ida, fizemos os 126km em aproximadamente 2 horas, mas nos últimos quilômetros senti a minha moto muito instável e com a traseira dançando, vocês já sabem o que é né? Mas dessa coloquei aquela espuma que tampa o furo e já enche o pneu, assim que coloquei percebi a espuma saindo por 3 lugares diferentes do pneu, ou seja, 3 novos furos, no total já são 5, já podemos começar a chamar o pneu de peneira. Andei devagar por uns 3 km para que a espuma fizesse a função dela que é tapar os buracos da peneira e o resultado foi espetacular, aquela espuma se transforma em uma espécie de borracha e realmente funciona. Assim que atravessamos a balsa, notamos que o vento que não nos deixou seguir viagem ontem estava de volta e um pouco mais forte, para vocês terem uma idéia o Leandro em muitas vezes teve que andar a menos de 40km/h na ruta e mesmo assim o vento jogava ele hora para o fora da pista e hora para o limite para pista contraria, parecia que ele estava pilotando um veleiro por isso que coloquei um novo apelido nele, Almir Klink. A FZ6 também sente o vento, mas é muito menos, conseguia andar a 100/120km/h , de lado, mas conseguira. Faltando menos de 1km para chegar em Puerto Natales um mini tornado com areia acertou o Leandro em cheio, foi coisa de cinema, parecia que ele iria sair girando e subir, mas não subiu, só foi para na contramão. A descrição do Leandro que ficou no meio do tornado foi que ficou tudo completamente escuro e só ouvia o barulho da areia batendo na moto, e nele. Foi impressionante mesmo.
Chegamos na cidade e achamos um hotel aconchegante para nos refazer desse dia difícil.
Só agora a noite que conseguimos avisar a todos que estávamos longe do terremoto.
Amanhã veremos o que vamos fazer, agora vamos descansar.

Terremoto

Estou escrevendo para tranquilizar amigos e parentes sobre o terremoto no Chile. Estávamos longe do epicentro do terremoto e não sentimos nada. Por coincidência ficamos sem acesso a internet nos últimos 3 dias motivo pelo qual não publicamos o blog. Vamos ter que mudar o roteiro de nossa viagem por causa do terremoto mas ainda não sabemos como será nosso retorno. Hoje temos acesso a internet e vamos atualizar os dias atrasados.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Décimo quarto dia – Ushuaia – San Sebastian – 300km

Pela primeira vez desde o inicio da viagem conseguimos sair as 8hs, pois o dia seria longo o objetivo era chegarmos em Puerto Natales no Chile 900km, cidade base para conhecermos o parque Torres Del Pine. A temperatura estava agradável, por volta de uns 7 graus, o tempo estava bom e não havia vento. Passamos a cordilheira, paramos para fotos no Paso Garibaldi e seguimos para tentar cumprir nosso objetivo, após uns 100km do Ushuaia o vento começou a soprar com vontade. Lembram daquele vento que tínhamos nos queixado até então???? Aquilo não era vento e sim apenas uma brisa perto do que começamos a pegar na viagem, o vento começou a nos forçar andar por vezes a 40km/h sem conseguir ter o controle total da moto. Fomos sacudidos para todos os lados. Chegamos a Rio Grande já cansados após apenas pouco mais de 200km, rumamos sentido a fronteira da Argentina que estava a 80km sobre ventos ainda mais forte, víamos os carros andarem com certa inclinação o que até então não acontecia. Chegamos na Aduana Argentina as 13hs de onde ali começaria nosso trecho de ripio da volta, com aquele vento era praticamente impossível passarmos sem levarmos alguns tombos. As informações eram desencontradas alguns diziam que as 20hs melhoraria, outros que só no outro dia, também nos informaram que a balsa que faz a travessia no estreito de Magalhães estavam inoperantes por causa do vento. Estávamos no meio do nada próximo a aduana havia apenas um hotel que possuía um restaurante e um posto de combustível de uma única bomba. Fomos almoçar e lá encontramos nosso amigo Chileno Claudio da KTM que também ficou com receio de passar o ripio naquelas condições, após o almoço fomos expulsos do restaurante para que eles pudessem fechar para ciesta. Ficamos em uma sala da Aduana chamada sala de espera, pelo jeito eles tem essa sala para essas situações, nessa sala existia uma pia, um fogão e dois bancos grandes onde ficamos boa parte da tarde a espera de alguma melhora, nesse momento a Patrícia e a Marissa aproveitaram para tirar um cochilo, o Adriano e eu fomos até a beira da praia ver o mar que estava nos chamando a atenção por estar recuado em 1km mais ou menos, será devido ao vento??? O tempo passou e nada do vento parar de soprar a sala em que estávamos parecia que voaria pelos ares, me senti na história dos 3 porquinhos. Chegamos pensar em viajar a noite se o vento acalmasse sendo que estaríamos em 3 motos, mas existia o problema que ao final ripio precisaríamos de abastecimento e na cidade em que chegaríamos só há um posto e que não é 24hrs, não teríamos gasolina para ir até uma próxima cidade e essa idéia poderia ser muito arriscada. Mas como somos motoqueiros selvagens decidimos ........Vamos ficar no hotel (sem internet e sem telefone) e amanhã acordaremos as 5hs para ver qual era a situação.